sábado, 7 de novembro de 2009

Grandes Pensadores e suas influências para História da Educação.

Maria Montessori (1870-1952) - A médica que valorizou o aluno.

* Acreditou que a educação era uma conquista do aluno, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as condições;
* O objetivo da escola é uma forma de integrar o jovem, a uma “educação para a vida”;
* Cabe ao professor acompanhar o processo de detectar o modo particular de cada criança manifestar seu potencial;
“A criança ama tocar nos objetos para depois poder conhecê-los”.
O método Montessori parte do concreto rumo ao abstrato, estes são objetos simples, porém, que chamam a atenção e estimulam o raciocínio.
* Não há lugar marcado para sentar na sala de aula;
* Não há momento exato para o horário do recreio, pois, não há diferença entre lazer e atividades didáticas;
Além do livro didático os alunos utilizam outros recursos como, internet, revistas, recortes.
“A tarefa do professor é preparar motivações para atividades culturais, em um ambiente organizado, e depois se abster de interferir.”


Ovide Decroly (1875-1932) - O primeiro a tratar o saber como um só.

Ø Acreditou na possibilidade de o aluno conduzir se próprio aprendizado, assim aprender a aprender;
Ø Apostou na globalização de conhecimentos, os alunos prendem o mundo com a visão do todo, as atividades estariam associadas a algum significado, não um conhecimento isolado e sem referências;
Ø “A criança tem espírito de observação basta não matá-lo”;
Assim como Maria Montessori, Decroly acreditava que o ensino deveria aproveitar das aptidões naturais de cada faixa etária, porém, o mesmo preferia trabalhos em grupos, uma vez que a escola deveria preparar para o convívio social.
A marca principal deste pensador são os centros de interesse, no qual os alunos escolhem o que querem aprender.
Ø São os alunos que constroem o currículo, conforme a curiosidade e sem isolamento entre as disciplinas;
A “Interdisciplinaridade” que tanto falamos e escutamos falar, nada mais é do que o centro de interesse designado por Decroly.
“O meio natural é o verdadeiro material intuitivo capaz de estimular forças escondidas da criança.”

Logo seguirei descrevendo sobre, John Dewey, Celestin Freinet e um pouco mais da contribuição de Paulo Freire para Hisória da Educação e suas influências.

Linguagem e Educação

Ficção e relato de experiências vividas são gêneros diferentes, mas nos primeiros anos de vida é comum que se combinem nas narrativas infantis como aponta a lingüista Maria Cecília Perroni, no livro o Desenvolvimento do Discurso Narrativo.
Segundo a autora, este recurso não deve ser entendido como um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos pequenos.O que se testemunha nesse tipo de construção é justamente o nascimento do discurso narrativo- uma das principais estruturas de expressão de qualquer pessoa é “essencial troca comunicativa”.
Esse processo se estende até a idade adulta (começa antes que a criança comece a falar), neste período, ela é capaz de entender as historias contadas pelos adultos e o contato com as demais historinhas, vai gravando os personagens, criando imagens e recriando o seu repertorio.
Nessa fase a criança começa a perceber o funcionamento da linguagem para a contagem dessas histórias. Quando começam se expressar através da fala utilizam dos mesmos termos que são acostumados a ouvir rotineiramente desde seus primeiros anos de vida.
Adquirir a fala é um passo transformador em termos cognitivos, sendo que a Linguagem que organiza o pensamento.
Maria Virginia Gastaldi – A narrativa por sua vez, é a primeira estrutura da oralidade com que a criança tem contato em seu cotidiano, sendo assim, é o que modela e o que estimula a capacidade mental.
Ao construir a narrativa a criança com a realidade e encontra um jeito próprio de lidar com ela.
Maria Virginia diz, que o ouvinte (interlocutor) deve ser um verdadeiro co-construtor, ou seja, o adulto além de escutar deve perceber a interação do que quer dizer e se necessário deve auxiliar a se expressar .Essa co-construção é chamada de “jogo de contar”, pois há uma relação entre o adulto que irá ajudar na contação da história e a criança com suas limitações lingüísticas.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Características da linguagem e do pensamento do educando jovem e adulto.

Segundo Marta Kohl, o adulto é considerado um “não-criança”, realmente é algo importante de ser pensado, pois não podemos nos dirigir a um adulto ou a um adolescente como se fosse uma criança.
A escola por sua vez, esta preparada e adequada para os alunos que iniciam sua vida escolar, diferente dos adultos (adolescentes) que chegam à escola em uma faixa etária um pouco avançada, por serem excluídos do ambiente escolar, necessidade de trabalhar cedo, fracasso escolar, difícil acesso, entre outros.
Desta forma, cabe a EJA ser flexível diante as vivencias de sua clientela, valorizando as experiências de vida, bem como toda a bagagem cultural, adaptando assim um currículo que estime os conhecimentos já adquiridos pelos educados jovens e adultos.
Para Kohl, primeiro ponto a ser mencionado é a adequação da
escola para um grupo que não é o "alvo original" da instituição. Currículos, programas,
métodos de ensino, foram originalmente concebidos para crianças e adolescentes que percorreriam o caminho da escolaridade de forma regular.
Existem várias dificuldades encontradas por alunos da EJA, na verdade os altos índices de evasão e repetência nos programas de educação de jovens e adultos entre elas encontaramos :
- a falta de sintonia entre a escola e os alunos que freqüentam;
- problemas de ordem socioeconômico enfrentados pelos alunos de baixa renda;
Além de problemas mais pessoais:
- dificuldades de aprendizagens;
- falta de adaptação;
- envolvimento familiar;
- preocupações;
-compromissos.
Sendo assim, a proposta da EJA deve propor atividades que se adapte a estas condições de vida, possibilitando a ele a permanecia da escola.
Os educandos da EJA possuem uma identificação particular, apresentam na maioria das vezes uma realidade semelhante, entre elas, a exclusão escolar, baixo nível de renda, pessoas que buscam especialização profissional, todos em busca de igualdade social.
Acredito que muitos procuram a EJA para elevar sua auto-estima, apesar de conhecerem muito da vida e terem adquirido muita experiência, construindo assim sua particularidade e diferentes modos de viver a vida, procuram mesmo assim, a escola com o propósito de se realizarem como pessoa alfabetizada.
A linguagem que caracteriza o aluno da EJA, é provida de experiências, historias de vida sua e de familiares, a cultura na qual esta inserido, demonstrando conhecimentos adquiridos ao longo de suas vidas.
Bibliografia:
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set. /Out. /Nove. /Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.

Cultura e Comunidade Surda

Conheço e tive a oportunidade de conviver com uma criança surda. Quando realizei meu estágio do magistério com uma turma de 2° série, passei por dificuldades, ele correspondia com facilidade tudo o que eu lhe pedia, no entanto no que dizia respeito ao entendimento e aprendizagens referentes à aula, o mesmo não acompanhava. Nossa comunicação acontecia através de gesticulações e escritas.
Este aluno foi repetente durante anos, sua aprendizagem não acontecia de maneira clara, há pouco tempo este aluno foi transferido para uma escola especial para surdos, hoje o mesmo esta falando e se comunicando em Libras, interpreta e interage com facilidades seus novos colegas.
Segundo os sites visitados a pessoa surda deve ser respeitada assim como as demais dentro da sua comunidade, deve ter o direito de aprender a se comunicar através das Libras.
Ao nos comunicarmos com uma pessoa surda devemos lhe chamar atenção, acenar ou tocar a pessoa que iremos conversar devemos falar de maneira clara pronunciando bem todas as palavras de maneira que costumamos falar, a não ser que a pessoa “surda” nos peça para falar mais devagar.
Devemos usar o tom de voz normal, sem necessidade de alterações, é importante ficar direcionado para a pessoa, ou seja, á sua frente, é importante também que a boca esteja visível, cuidar com o ambiente, evitar ficar contra a luz para que a face fique á mostra.
Podemos usar de expressão ao falar, como expressões faciais para indicar tristeza, alegria, insatisfação, indignação, os gestos com o restante do corpo também serão importantes para o entendimento do que quer dizer á pessoa surda.

Acredito que seguindo estas instruções de poderemos ter uma comunicação de grande valia para ambas as pessoas envolvidas no diálogo.
“Surdes não é apenas ter “ouvidos doentes”, eles pertencem a uma comunidade surda, uma cultura, esta é mais forte que a linguagem gestual é o idioma principal.”
“Há um sentimento de orgulho entre os surdos, e eles gozam entre do estatuto minoria cultural e lingüístico.”
“O surdo tem seu modo de vida [...]”

Filme “O menino Selvagem”

Trago algumas reflexões sobre a proposta de trabalho de Jean Itard com o menino Victor, no decorrer do texto descrevo comparações da história de Victor " O Menino Selvagem", com a história dos surdos.

O filme “O Menino Selvagem” de Averyon, baseado em um acontecimento verídico, relata a história de um menino de onze ou doze anos de idade, que foi encontrado em uma floresta por caçadores, tendo este vivido fora da “civilização” afastado da sua espécie, o menino aprendeu a andar e a viver como os animais da floresta.
Quando foi encontrado, andava como um quadrúpede tinha hábitos anti-sociais, o corpo pouco flexíveis, não falava não se interessava por nada na vida em sociedade e seu rosto não demonstrava nenhum tipo de sensibilidade.
Ao ser retirado da floresta o menino passou a ter contato com crianças que se comunicam através de sinais, em uma escola para surdo-mudo, além de servir de alvo para pesquisas.
Relacionando a experiência do menino Victor com as demais crianças da escola, podemos a firmar que este teria grande dificuldade em se comunicar com os demais, pois vivenciou durante anos uma experiência não experimentada pelos demais, sendo que os meninos surdos já possuem toda uma história. Desde quando os surdos eram excluídos pela sociedade, por serem diferentes das demais pessoas, sendo narrados como deficientes coitadinhos sem capacidade,esta foi uma cultura que levou tempo para adquirir seu espaço.
O processo de interação da cultura surda passou por algumas testagens, até mesmo de que a língua de sinais, usada para comunicação entre os surdos seria uma forma de tornar os surdos preguiçosos e desestimulados a aprender a falar, no entanto, percebemos que é de grande importância para a comunicação.
Relacionando o filme novamente, Itard, pesquisador desafia o menino Victor, acreditando que este fosse capaz de aprender e interagir com o meio, utilizava de matérias de repetição no qual deveria incorporar segundo seus ensinamentos, muitas vezes Itard abusava do grau de desenvolvimento do menino, forçando-o a realizar várias vezes a mesma atividade, causando-lhe um tipo de ataque.
Sendo assim, tais movimentos adquiridos por Victor, Itard obteve através de atos meramente mecânicos, sem a menor compreensão ou valorização de suas vivencias, o sujeito no qual Itard queria educar, não passava de um sujeito passivo, que apenas recebia recomendações do que deveria ser feito, acredito que deve ser por este motivo que, várias vezes Victor apresentou vontade de voltar a floresta, ele não interagia com o meio em que estava sendo inserido, mas sim imposto o que deveria ser feito.
O pesquisador Itard, dava recompensa ao menino quando acertava as atividades, e quando não correspondia ao solicitado recebia castigos, no entanto, não deixava de acreditar que o mesmo havia competência o suficiente para aprender.
Há algum tempo que a comunidade surda vem adquirindo seu espaço, foram várias escolas fora do país até que se instalasse uma no Rio de Janeiro, dando aporte as pessoas com tais necessidades, passando a não serem mais consideradas pessoas idiotas.
A sociedade se organiza em grupo, e os grupos na sociedade, dentre estes há semelhanças e diferenças, ao mesmo tempo nosso posicionamento, é de suma importância que devemos entender respeitar e valorizar outros tipos de culturas, neste caso a “cultura surda”.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A importância do uso de temas geradores na prática pedagógica.

Para Freire, a valorização da cultura do aluno é a chave para o sucesso de conscientização e seria esta a essência do seu método de alfabetização, (formulado inicialmente para ensino de adultos).
O método possibilita a identificação e relacionamento das palavras chaves- as chamadas palavras geradoras – do vocabulário do aluno. Elas irão surgir através de uma investigação (turma), onde apareceram segundo suas experiências diárias, conseqüentemente palavras em comum, por serem moradores de uma mesma comunidade.
Após a exploração realizada com a turma, o professor irá apresentar visualmente o objeto seguido da “palavra”. O conjunto de palavras geradoras irá permear o estudo de diferentes possibilidades silábicas.
“Isso faz com que a pessoa incorpore as estruturas lingüísticas do idioma materno (Romão)”.
Freire acredita que é preciso o aluno aprender a ler a realidade para transformá-la, onde serão capazes de interagir na sociedade e serem sujeitos da sua própria historia.
Para Frei Betto, no texto de “Paulo Freire: a leitura do mundo” é possível a leitura e compreensão de um texto desde que este esteja transformado em temas geradoradores, onde possa fazer relações com a ação humana, podendo intervir, criando e transformando.
“Ivo viu que a fruta não resulta do trabalho humano.” A partir desta frase, Freire faz surgir uma ação, reforça todo o desenvolvimento em tempo real para demonstrar que pensar em alfabetização requer um ato de criação, capaz de desencadear outros atos criadores.
“Paulo Freire ensinou a Ivo que não existe ninguém mais culto do que o outro, existem culturas paralelas, distintas, que se complementam na vida social”, ou seja, o educador deve valorizar o contexto social no qual seu educando este inserido, a partir do conhecimento prévio do aluno, e após ser investigado pelo educador, provavelmente trará um trabalho rico a ser construído com trocas de aprendizagens e novas descobertas.

Currículo Integrado

Currículo Integrado
O fragmento de Hilton Japiassu aborda uma realidade cruel do sistema de ensino. É verdade que trabalhar de forma interdisciplinar causa medo, pois desacomoda, desafia, faz buscar outras formas de pensar e ver as coisas.
Muitas escolas ainda estão educando seus alunos de forma fragmentada, como se os saberes fossem separados em gavetinhas, abre uma e logo em seguida fecha-se para que outra gavetinha possa ser aberta para serem depositados novos conhecimentos. Isto é uma triste realidade, por que agindo assim, a escola esta tratando o aluno como um ser com compartimentos de saberes e não como um todo.
Realmente não é fácil fazer muito diferente disso porque a estrutura educacional, isto é, o sistema educacional todo deveria mudar. O professor não disponibiliza de tempo para encontrar-se com outros colegas para juntos desenvolver um projeto, por exemplo. Neste sentido, a escola esta reproduzindo o que a sociedade vinha exigindo das pessoas durante muito tempo, formação técnica para desenvolver uma única tarefa.
O texto de Santomé nos leva a algumas reflexões do modo de produção da Fordismo e Taylorismo.
O Fordismo,valoriza apenas a produção, não fazendo valer os interesses dos trabalhadores e as tarefas são distribuídas igualmente.
O Taylorismo, “acreditava que, oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade.”
As relações que o Taylorismo e o Fordismo conseguiram estabelecer um sistema de autoritarismo, com um único interesse de produção, privavam os trabalhadores de exercer sua autonomia até mesmo em relação ao seu ambiente de trabalho. Na década de 60 a escola era como as fábricas, preparava o aluno pra simplesmente produzir.
Na verdade, esses conceitos lembram os cursos técnicos e o antigo PPT, que alguns anos atrás existiam. Essa exigência do mercado de trabalho diminuiu, a escola conseqüentemente começou a tomar outros rumos.Agora já se começa a pensar na formação de alunos capazes de realizar diversas.
Muitos anos a escola vem tentando formar alunos críticos, competentes em diversas áreas e atividades, mas sabemos que na realidade ela não esta conseguindo, prova disso são os currículos ainda fragmentados, cada professor trabalha a sua disciplina cumpre sua carga horária.Como diz no texto de Santomé (1998) “Cada vez mais, as instituições escolares passam a ser vistas da mesma maneira que as empresas e mercados econômicos”. Sendo assim, a educação precisa estar em constante transformação, não pode ser considerada finalizada, é necessário que seja repensada e reconstruída a cada dia.
Referências:

SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23.

JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão
de Aprender.Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.

EJA

EJA

A EJA é uma categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional, com finalidades e funções especificas. (Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos). Como a própria sigla nos remete é a educação especifica para jovens e adultos.
Esta modalidade da educação básica, nas suas etapas fundamental e média, procura levar em consideração as diferenças individuais e a bagagem cultural de seus alunos, diferenciando-se do ensino regular em sua organização, pois, possui metodologias e ciclos de acordo com as necessidades de seus educandos.
Os jovens e adultos que freqüentam a EJA, geralmente, são pessoas que não tiveram acesso ao ensino fundamental e médio em idade escolar e que buscam melhorar suas condições de vida.
Segundo o Parecer CEB 11/2000 a EJA possui basicamente três funções:
- Reparadora;
-Equalizadora;

Em nosso entendimento a Função Reparadora, significa a entrada de jovens e adultos a uma escola de qualidade e também um reconhecimento do direito de igualdade entre os seres humanos.
Já a Função Equalizadora, segundo o Parecer CEB 11/2000 vai dar cobertura a trabalhadores e tantos outros segmentos sociais como donas de casa, migrantes aposentados e encarcerados. Visa dar oportunidades aos desfavorecidos, promovendo o acesso e permanência dos mesmos na escola.
E a Função Permanente considera o ser humano como algo inacabado, em constante desenvolvimento, na realidade é o próprio sentido da EJA.

Para a formação de docentes de qualquer nível ou modalidade deve-se considerar como meta o disposto no art. 22 da LDB, “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Além disto, é necessário que ele esteja disposto a levar em consideração aspectos como:
- A realidade social de seus alunos, assim como a bagagem cultural que já possuem;
- A comunicação através de linguagem clara e adequada ao seu “público”;
- O diagnóstico dos conhecimentos prévios de seus alunos, para que a partir deste ponto possa planejar suas aulas;
-O estimulo de exercícios de cidadania revitalizando a auto-estima de seus alunos.
Outro aspecto a ser considerado é que não se pode "infantilizar" a EJA no que se refere a métodos, conteúdos e processos. O art. 5º, no seu § 2º assinala:
Os conteúdos curriculares destinados (...) aos anos iniciais do ensino
fundamental serão tratados em níveis de abrangência e complexidade necessários à (re)significação de conhecimentos e valores, nas situações em que são (des)construídos/(re)construídos por crianças, jovens e adultos.

O professor de EJA deve estar atento ao fato de que tem alunos jovens e adultos, muitas vezes com a sua idade e que os mesmos merecem serem tratados de acordo com sua faixa etária.

Segundo o Art. 41 da LDB: “O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos”.
Sabe-se que grande porcentagem de jovens e adultos que procuram o EJA desejam melhorar seu desempenho pessoal e profissional.
A EJA possibilita ao educando sua qualificação profissional e a experiência profissional do aluno é valorizada na EJA como conhecimento prévio, permitindo estes obter o avanço escolar.

Considerando a realidade encontrada em nosso município percebemos que a maioria das pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar em idade considerada “normal” demonstram interesse em aperfeiçoar ou concluir seus estudos.
Essa busca esta relacionada não somente ao aperfeiçoamento profissional, mas também como uma realização pessoal, a conclusão de um sonho.



Referência bibliográfica

Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, disponível em http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/eja/Parecer%20CEB%2011.2000_Diretrizes%20Curriculares%20da%20Educacao%20de%20Jovens%20e%20Adultos.pdf



A atividade descrita a cima foi realizada com a colaboração das colegas, Cristiane Mengue e Liziani Evaldt.

Pedagogia de Comênio

O livro didático escrito por Comênio, no qual juntou gravuras, frases simples, sons e letras, imagino que era utilizado pelos professores como se fosse uma cartilha a ser seguida, usavam seguidamente como guia de alfabetização, este apresentava em uma única edição todos os recursos para que os alunos pudessem aprender a ler, escrever e conhecer o mundo a partir da visualização da mesma.
Acredito que, a mesma preocupação que Comênio revelou de investigar e descobrir um método no qual “os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais”, é visível esta preocupação entre os professores de hoje em dia também, a escola está em busca de metodologia para motivar os alunos o interesse em aprender, em ensinar o aluno do que parte do seu interesse, além de valorizar os conhecimentos e experiências dos alunos.
Outras relações que encontramos com a Pedagogia de Comênio com a prática atual são; quando oportunizamos nossos alunos que façam suas experiências conta própria e aprendam a partir das próprias observações e não através de repetições, quando atribuímos um relacionamento entre alunos e professores, onde o professor não é o único dono do saber, e contemplam bom relacionamento fundamentando a aprendizagem, um ensino igual para todos, e além de tudo usar de música e atividades lúdicas para que o ensino se torne mais prazeroso.