domingo, 7 de junho de 2009

`Psicilogia II

“Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos” (Fernando Becker) pude constatar três formas distintas de representar o conhecimento/aprendizagem na escola.

Em primeiro lugar cito a pedagogia diretiva, onde o professor fala e o aluno escuta, ele ensina e o aluno aprende, está que se assemelha com pedagogia tradicional.

O professor aprendeu a ser um transmissor de conhecimento, acredita que as informações vão aparecendo e sendo introduzidas nas crianças.
Acreditam também que o conhecimento sim, através do meio ambiente, família ou ainda pode se der conforme o individuo é estimulado, questionado.

Em termos de conhecimento estes professores acreditam que o aluno nasce sem sabedoria alguma, “... é uma folha em branco; é uma tabula rasa.”

Empirismo é o nome que se dá a este desenvolvimento do conhecimento, onde o professor tem o papel de transferir conhecimentos e o aluno é um mero receptor, que deve ficar em silêncio e acatar tudo o que ouve.

Quanto à relação de aprendizagem, podemos perceber que não há troca entre ambos, o professor é o único que ensina e o aluno o único que aprende.

Na pedagogia não-diretiva, o professor é um facilitador do aluno, ele irá auxiliar o individuo a organizar o seu saber. Nesta epistemologia o professor irá o mínimo possível e irá deixar o aluno decidir o que quer fazer (a priori).

Acredita no conhecimento hereditário (na bagagem do conhecimento já adquirido) a criança irá passar por fases de desenvolvimento, ou seja, estágios variáveis.

A relação do ensino é desautorizada, e o da aprendizagem é tornado absoluto, em outras palavras não há troca entre ensino/aprendizagem, ambos não se relacionam, pois a aprendizagem é auto-suficiente, e o ensino não pode ser interferido, não existindo troca não há crescimento.

Já na pedagogia relacional, o professor construtivista não acredita no ensino, no sentido convencional ou tradicional, mas acredita que tudo o que o aluno construiu até então serve como patamar para continuar a construir.

O professor construtivista acredita também que o aluno trás consigo uma herança biológica.

No entanto, não pode se exagerar neta bagagem hereditária nem na importância do meio social.

O professor acredita que o aluno é capaz de aprender sempre, e além de ensinar precisa aprender o que o aluno já sabe. (Piaget)

Para Freire “... o professor além de ensinar, passa a aprender, e o aluno, além de aprender, passa a ensinar. Ai sim pode perceber uma troca mutua de aprendizagens, onde há construção e descobertas, novas respostas.

“Uma proposta pedagógica relacional visa a sugar o mundo do educando para dentro do mundo conceitual do educador.”

Em relação aos modelos pedagógicos e as epistemologias apresentadas, acredito que a educação deve ser baseada na construção do saber do individuo, valorizando seu conhecimento prévio, buscando aperfeiçoar o individuo como um cidadão crítico e capaz de interagir no meio em que vive.


Trago minhas reflexões quanto ao ensino aprendizagem referentes propriamente a escola.

A escola passou de modelo tradicional, onde apenas o professor sabia, para uma escola construtivista, onde os professores valorizam seus alunos pela individualidade, considerando seus conhecimentos prévios.

Segundo Fernando Becker, “O professor construtivista não acredita em seu sentido convencional ou tradicional”. Sendo assim, não está estabelecido que o professor saiba tudo, também não quer dizer que o aluno tem a liberdade de aprender apenas o que deseja.

Psicologia II

Principais características de cada estágio do desenvolvimento da criança:


Piaget, quando postula sua teoria sobre o desenvolvimento da criança, descreve-a, basicamente, em 4 estados, que ele próprio chama de fases de transição (PIAGET, 1975). Essas 4 fases são :

Sensório-motor (0 – 2 anos);
Pré-operatório (2 – 7,8 anos);
Operatório-concreto (8 – 11 anos);
Operatório-formal (8 – 14 anos);

Sensório-motor
Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. Também é marcado pela construção prática das noções de objeto, espaço, causalidade e tempo. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação, configurando assim, uma inteligência essencialmente prática.
É assim que os esquemas vão "pouco a pouco”, diferenciando-se e integrando-se, no mesmo tempo em que o sujeito vai se separando dos objetos podendo, por isso mesmo, interagir com eles de forma mais complexa, diz-se que o contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento
.

Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.

Pré-operatório

É nesta fase que surge na criança, a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER, 1982), e esta substituição é possível, conforme PIAGET, graças à função simbólica. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica.
A atividade sensório-motor não está esquecida ou abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem, permitindo que a mesma explore melhor o ambiente, fazendo uso de mais e mais sofisticados movimentos e percepções intuitivas.

A criança deste estágio:
É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").
Já pode agir por simulação, "como se".
Possui percepção global sem discriminar detalhes.
Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.

Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.

Operatório-concreto

Neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade; sendo então capaz de incluir diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se limitar mais a uma representação imediata, depende do mundo concreto para abstrair.
Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da reversibilidade, ou seja, a capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada.

Exemplos:
Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.


Operatório-formal

É neste momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. A representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando mais à representação imediata e nem às relações previamente existentes. Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.

Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.
“Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” Paulo Freire

Sociologia e História

Como trabalhar questões étnicos raciais na escola?

Reflexão


Existem vários problemas presentes na sociedade, um deles sabe-se que é o preconceito racial, que se manifestam também dentro da escola assumindo formas próprias que comprometem a vida de toda comunidade escolar.

A escola e a sociedade estão intimamente relacionadas. O que ocorre fora da escola causa impacto nela e a maneira como estas questões são tratadas no seu interior pode influenciar o contexto social mais amplo. Na escola o racismo se manifesta através do comportamento discriminatório de alunos, professoras/es, pais e funcionários e através dos materiais pedagógicos, mais especificamente dos livros didáticos.


Como resultado temos, o baixo rendimento das crianças negras que por causa dessa discriminação se sentem inferiorizadas.

Levando em consideração estas questões devemos trabalhar freqüentemente estes aspectos em sala de aula, como os conceitos de discriminação e preconceito, no entanto é preciso associar estes a exemplos do dia a dia. Explorando acontecimentos vividos por eles ou histórias que os mesmos conhecem, enfatizado e tentando mostrar que a discriminação racial gera desigualdades, se demonstrarem conhecimentos sobre o mesmo assunto terão um posicionamento sobre o assunto.
É possível e importante trabalharmos sobre a discriminação racial, com atividades diversificadas, com livros de literatura infantil, projetos realizados com toda comunidade escolar, envolvendo pais e funcionários, através de ações e manifestações realizadas no cotidiano escolar. “a escola é um espaço privilegiado para debates sobre como se produzem essas identidades, as diferenças que se instauram a partir delas e as relações de poder que permeam este processo. O trabalho com a história permitiu a leitura de que nossas crianças possuem ‘preconceitos’ por estarem interagindo com todas essas esferas educativas e expostas aos discursos que diariamente as formam e ditam os parâmetros da normalidade, da beleza, do correto.” ( p.p.7,8)

A escola, portanto não é neutra, ela capaz de reproduzir discriminação racial de várias maneiras, no entanto é capaz também de contribuir para o esclarecimento das várias etnias. Sendo assim cabe a nós educadores nos posicionarmos e perceber quando nossa sala de aula de aula precisa ser contemplada com esses assuntos relacionados à sociedade, (desde a alfabetização), pois racismo e preconceito, não são fatos que se restringirão apenas no ambiente escolar, irá refletir no amplo contexto social.

Trabalhar com etnias e a disparidade que a compete é realmente um compromisso assumido por cada individuo pela luta da igualdade, pois, como diz Paulo Freire: “pensar certo é a rejeição mais decidida a qualquer forma de discriminação e isso só é possível quando não nos omitimos e fazemos da sala de aula um campo de pesquisa.”





Filosofia da Educação

Educação Após Auschiwitz


Com base na leitura do texto “Educação após Auschwitz” de Theodor Adorno, e diante da minha experiência docente e no cotidiano escolar, refletindo sobre a relação entre educação, civilização e barbárie, observei que estas estão relacionadas. Considero a barbárie um descaso com o próximo.

De acordo com o que acontecia em Auschwitz, os “nazistas demonstravam claramente à humanidade que é perfeitamente possível estimular a ciência e utilizá-la a serviço da destruição do próprio ser humano e pasmem: sem que os responsáveis pela produção do conhecimento e sua utilização tenham algum peso na consciência ou um sentimento de culpa quanto a isso.” Ou seja, pessoas com conhecimentos, formadas em várias áreas faziam uso de sua educação para a destruição dos seres humanos, “o que aconteceu em Auschwitz mudou as noções de barbárie que a humanidade conheceu ao longo da história e mostrou, objetivamente, do que o ser humano é capaz.”

Sabemos que a educação já foi assim, alvo de indicadores sociais, nas quais influenciavam os homens a servir a sociedade, sem direito de pensar ou refletir sobre seus atos, como nos mostra no parágrafo acima, cometiam barbáries sem sentimentos de culpa, eram manipulados.
No entanto, sabemos que o nosso principal objetivo como educadores é educar em primeiro lugar, para que cada indivíduo seja capaz de instituir suas próprias idéias, construindo e formulando novas concepções a partir de sua consciência, colaborando com a sociedade, bem como valorizando sua vida e desviando-se das barbarias. Seguindo um caminho digno, respeitando as diferenças raciais,sociais e todos os que o cercam, evitando se envolver em vandalismo. Sendo assim, a educação é conta a barbaria em todos os sentidos.
Adorno segue dizendo que a idéia de amenizar, evitar e quem sabe um dia acabar com a barbaria será através da educação, mas complemento suas palavras dizendo que, a partir do momento que o sujeito passar a se conhecer, se aceitar e amar a si próprio a civilização passará a ser mais solidaria não cometendo tantos delitos.


Se falo da educação após Auschwitz, tenho em mente dois aspectos: primeiro, a educação infantil, sobretudo na primeira infância; depois, o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural e social que não dê margem a uma repetição; um clima, portanto, em que os motivos que levaram ao horror se tornem conscientes, na medida do possível. (pág. 2)


Filosofia da Educação


Filme: “O Clube do Imperador”
Exercitando a argumantação:

Baseado no filme “O clube do Imperador” solicitado pela interdisciplina Filosofia da Educação, pude observar e refletir sobre determinadas cenas, onde o professor está diante de um conflito ético e moral.
Uma das cenas em que mostra o conflito moral é quando o professor, ao corrigir uma das provas, mais precisamente do aluno Sedgewic Bell, arrogante, filho de pai importante com grandes influências na política.
Pude perceber que ao avaliar o trabalho do aluno mencionado acima, o professor estava apreensivo com seus próprios pensamentos, acredito eu, que neste momento pensou em apenas satisfazer seu próprio ego, avaliando assim seu aluno conforme julgava ser um bom resultado, fazendo-se confirmar o que acreditava ser certo, ou seja, moldar seu aluno segundo seus parâmetros.
Para superar está futura frustração (de não conseguir moldar e Bell como os demais alunos), o professor opta em quebrar seus paradigmas e passa o aluno a frente aprovando-o para que ele se destaque entre os demais da turma, mostrando que é capaz.
Posteriormente, Bell viria a participar do concurso “Julio Cesar”, onde os três melhores alunos participam, sendo assim, surpreenderia a todos demonstrando através do jogo que foi capaz de mudar o caráter do menino.
Logo, o professor William Hundert conhecido por suas belas instruções em sala de aula depara-se com um conflito moral, ao realizar as perguntas percebe que Bell está “colando”, imediatamente Hundert reflete sobre sua inadvertência tomando consciência de que apenas estimulou o aluno a participar do concurso, mas não mudou seu caráter, não fez com que o mesmo compreendesse a importância do aprendizado.
Aos olhos dos espectadores Bell apenas não estava tão preparado para participar do concurso Julio Cesar quanto o seu colega, no entanto, o professor era o único que sabia que sua participação havia sido influenciada, ou seja, pré-aprovada. O professor sentiu que sua participação não era por seu próprio mérito, mas sim por um capricho de querer demonstrar que seria realmente capaz de modificar um aluno.
Apesar da influencia que o professor exerceu sobre a participação de Bell no concurso, a solução adotada por ele para reverter à situação foi justa com os demais participantes, o professor tratou de indagar algo fora do contexto trabalhado em sala de aula para seu colega, sabendo que o mesmo responderia sem maiores problemas, descartando Bell.
Nada mais justo que o mesmo caia fora, perdendo os louros da vitória, valorizando o conhecimento e esforço dos outros participantes.
A partir das situações ressaltadas, podemos observar alguns princípios morais envolvidos:
o Jamais faltar com a verdade;
o Não reverter situações a nosso favor:
o Acreditar na capacidade do aluno, respeitando seus princípios;
o Valorizar o aluno individualmente;
o Estimular a vontade de aprender;
Sendo assim, acredito que a decisão do professor foi moralmente correta, a final teve oportunidade de corrigir um deslize que não haveria de ter ocorrido apenas para surpreender outras pessoas, foi justo com os demais participantes na hora do jogo, pois percebeu que não havia mudado o caráter do aluno, mas sim induzido ele ao jogo para evitar seu fracasso profissional.

Filosofia da Educação

O dilema do antropólogo francês
Demonstro minha posição, reflexão e argumentação sobre o Antropólo Francês solicitado pela interdisciplina de Filosofia da Educação;
Claude Lee, antropólogo francês, acaba de chegar numa ilha de um arquipélago na Polinésia. Sua missão é pesquisar os hábitos dos nativos que lá habitam. Os costumes dos nativos são bastante diferentes dos costumes dos franceses, mas ele tem o cuidado de não julgar o modo como estes nativos vivem, porque tal avaliação sempre seria parcial. Como poderíamos abstrair sinceramente a concepção de mundo que herdamos da nossa cultura e avaliar imparcialmente todas as culturas?
O antropólogo tem ainda outro argumento: qual seria a medida pela qual julgaríamos as culturas? Existem quesitos transculturais que nos permitem avaliar toda e qualquer cultura? A reposta do antropólogo é não: toda avaliação está condicionada pela cultura do avaliador.
Assim, Claude decidiu jamais interferir no modo de vida dos habitantes do arquipélago. Estes, contudo, possuem uma crença que testa a determinação do antropólogo: os nativos acreditam que os mensageiros dos deuses são homens de pele branca, seres que expressam a vontade absoluta dos deuses – tudo o que disserem deverá ser obedecido. O teste ocorre na pergunta que eles lhe fazem: “você tem a pele branca, então você é um mensageiros dos deuses, ou as nossas crenças estão erradas?”
O antropólogo, fiel aos seus princípios, mente: “sim, eu sou o mensageiro dos deuses”. Mas então surge uma pergunta ainda mais difícil: “todos os homens brancos são mensageiros dos deuses, ou as nossas crenças estão erradas?”
Claude reflete: se responder positivamente estará deixando os nativos vulneráveis aos seus conterrâneos inescrupulosos que fatalmente descobrirão a ilha. Mesmo assim, responde de acordo com a cultura dos nativos: “sim, todos os homens brancos são mensageiros dos deuses”.

Projeto de Aprendizagem

Construindo o Projeto de Aprendizagem

Quando começamos a construirmos o PA, eu ,assim como os demais colegas do grupo precisamos de muito trabalho para entender o objetivo do seguinte trabalho solicitado, ou seja, como proceder a realização de um PA. Sendo que tínhamos uma forte ligação a pesquisas realizadas anteriormente, fazendo-as por copias de autores, respondendo conseqüentemente algo que já havia respostas, que já fora encontrado, respondido e publicado por alguém.
Tivemos uma caminhada acirrada até nos identificarmos com verdadeiro objetivo, pesquisar e formar informações sabre algo, sendo que fossemos as principais autoras. Não terminamos nosso PA no semestre passado, mas ao formulamos tivemos uma caminhada a qual nos fez aprender muito.
Analisar um PA de outro grupo nos faz refletir sobre o nosso próprio trabalho, desde o conteúdo pesquisado até sua apresentação, ou seja, é uma auto reflexão a partir da analise.
Receber comentários nos faz crescer pessoalmente e moralmente.