sábado, 7 de novembro de 2009

Grandes Pensadores e suas influências para História da Educação.

Maria Montessori (1870-1952) - A médica que valorizou o aluno.

* Acreditou que a educação era uma conquista do aluno, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as condições;
* O objetivo da escola é uma forma de integrar o jovem, a uma “educação para a vida”;
* Cabe ao professor acompanhar o processo de detectar o modo particular de cada criança manifestar seu potencial;
“A criança ama tocar nos objetos para depois poder conhecê-los”.
O método Montessori parte do concreto rumo ao abstrato, estes são objetos simples, porém, que chamam a atenção e estimulam o raciocínio.
* Não há lugar marcado para sentar na sala de aula;
* Não há momento exato para o horário do recreio, pois, não há diferença entre lazer e atividades didáticas;
Além do livro didático os alunos utilizam outros recursos como, internet, revistas, recortes.
“A tarefa do professor é preparar motivações para atividades culturais, em um ambiente organizado, e depois se abster de interferir.”


Ovide Decroly (1875-1932) - O primeiro a tratar o saber como um só.

Ø Acreditou na possibilidade de o aluno conduzir se próprio aprendizado, assim aprender a aprender;
Ø Apostou na globalização de conhecimentos, os alunos prendem o mundo com a visão do todo, as atividades estariam associadas a algum significado, não um conhecimento isolado e sem referências;
Ø “A criança tem espírito de observação basta não matá-lo”;
Assim como Maria Montessori, Decroly acreditava que o ensino deveria aproveitar das aptidões naturais de cada faixa etária, porém, o mesmo preferia trabalhos em grupos, uma vez que a escola deveria preparar para o convívio social.
A marca principal deste pensador são os centros de interesse, no qual os alunos escolhem o que querem aprender.
Ø São os alunos que constroem o currículo, conforme a curiosidade e sem isolamento entre as disciplinas;
A “Interdisciplinaridade” que tanto falamos e escutamos falar, nada mais é do que o centro de interesse designado por Decroly.
“O meio natural é o verdadeiro material intuitivo capaz de estimular forças escondidas da criança.”

Logo seguirei descrevendo sobre, John Dewey, Celestin Freinet e um pouco mais da contribuição de Paulo Freire para Hisória da Educação e suas influências.

Linguagem e Educação

Ficção e relato de experiências vividas são gêneros diferentes, mas nos primeiros anos de vida é comum que se combinem nas narrativas infantis como aponta a lingüista Maria Cecília Perroni, no livro o Desenvolvimento do Discurso Narrativo.
Segundo a autora, este recurso não deve ser entendido como um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos pequenos.O que se testemunha nesse tipo de construção é justamente o nascimento do discurso narrativo- uma das principais estruturas de expressão de qualquer pessoa é “essencial troca comunicativa”.
Esse processo se estende até a idade adulta (começa antes que a criança comece a falar), neste período, ela é capaz de entender as historias contadas pelos adultos e o contato com as demais historinhas, vai gravando os personagens, criando imagens e recriando o seu repertorio.
Nessa fase a criança começa a perceber o funcionamento da linguagem para a contagem dessas histórias. Quando começam se expressar através da fala utilizam dos mesmos termos que são acostumados a ouvir rotineiramente desde seus primeiros anos de vida.
Adquirir a fala é um passo transformador em termos cognitivos, sendo que a Linguagem que organiza o pensamento.
Maria Virginia Gastaldi – A narrativa por sua vez, é a primeira estrutura da oralidade com que a criança tem contato em seu cotidiano, sendo assim, é o que modela e o que estimula a capacidade mental.
Ao construir a narrativa a criança com a realidade e encontra um jeito próprio de lidar com ela.
Maria Virginia diz, que o ouvinte (interlocutor) deve ser um verdadeiro co-construtor, ou seja, o adulto além de escutar deve perceber a interação do que quer dizer e se necessário deve auxiliar a se expressar .Essa co-construção é chamada de “jogo de contar”, pois há uma relação entre o adulto que irá ajudar na contação da história e a criança com suas limitações lingüísticas.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Características da linguagem e do pensamento do educando jovem e adulto.

Segundo Marta Kohl, o adulto é considerado um “não-criança”, realmente é algo importante de ser pensado, pois não podemos nos dirigir a um adulto ou a um adolescente como se fosse uma criança.
A escola por sua vez, esta preparada e adequada para os alunos que iniciam sua vida escolar, diferente dos adultos (adolescentes) que chegam à escola em uma faixa etária um pouco avançada, por serem excluídos do ambiente escolar, necessidade de trabalhar cedo, fracasso escolar, difícil acesso, entre outros.
Desta forma, cabe a EJA ser flexível diante as vivencias de sua clientela, valorizando as experiências de vida, bem como toda a bagagem cultural, adaptando assim um currículo que estime os conhecimentos já adquiridos pelos educados jovens e adultos.
Para Kohl, primeiro ponto a ser mencionado é a adequação da
escola para um grupo que não é o "alvo original" da instituição. Currículos, programas,
métodos de ensino, foram originalmente concebidos para crianças e adolescentes que percorreriam o caminho da escolaridade de forma regular.
Existem várias dificuldades encontradas por alunos da EJA, na verdade os altos índices de evasão e repetência nos programas de educação de jovens e adultos entre elas encontaramos :
- a falta de sintonia entre a escola e os alunos que freqüentam;
- problemas de ordem socioeconômico enfrentados pelos alunos de baixa renda;
Além de problemas mais pessoais:
- dificuldades de aprendizagens;
- falta de adaptação;
- envolvimento familiar;
- preocupações;
-compromissos.
Sendo assim, a proposta da EJA deve propor atividades que se adapte a estas condições de vida, possibilitando a ele a permanecia da escola.
Os educandos da EJA possuem uma identificação particular, apresentam na maioria das vezes uma realidade semelhante, entre elas, a exclusão escolar, baixo nível de renda, pessoas que buscam especialização profissional, todos em busca de igualdade social.
Acredito que muitos procuram a EJA para elevar sua auto-estima, apesar de conhecerem muito da vida e terem adquirido muita experiência, construindo assim sua particularidade e diferentes modos de viver a vida, procuram mesmo assim, a escola com o propósito de se realizarem como pessoa alfabetizada.
A linguagem que caracteriza o aluno da EJA, é provida de experiências, historias de vida sua e de familiares, a cultura na qual esta inserido, demonstrando conhecimentos adquiridos ao longo de suas vidas.
Bibliografia:
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set. /Out. /Nove. /Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.

Cultura e Comunidade Surda

Conheço e tive a oportunidade de conviver com uma criança surda. Quando realizei meu estágio do magistério com uma turma de 2° série, passei por dificuldades, ele correspondia com facilidade tudo o que eu lhe pedia, no entanto no que dizia respeito ao entendimento e aprendizagens referentes à aula, o mesmo não acompanhava. Nossa comunicação acontecia através de gesticulações e escritas.
Este aluno foi repetente durante anos, sua aprendizagem não acontecia de maneira clara, há pouco tempo este aluno foi transferido para uma escola especial para surdos, hoje o mesmo esta falando e se comunicando em Libras, interpreta e interage com facilidades seus novos colegas.
Segundo os sites visitados a pessoa surda deve ser respeitada assim como as demais dentro da sua comunidade, deve ter o direito de aprender a se comunicar através das Libras.
Ao nos comunicarmos com uma pessoa surda devemos lhe chamar atenção, acenar ou tocar a pessoa que iremos conversar devemos falar de maneira clara pronunciando bem todas as palavras de maneira que costumamos falar, a não ser que a pessoa “surda” nos peça para falar mais devagar.
Devemos usar o tom de voz normal, sem necessidade de alterações, é importante ficar direcionado para a pessoa, ou seja, á sua frente, é importante também que a boca esteja visível, cuidar com o ambiente, evitar ficar contra a luz para que a face fique á mostra.
Podemos usar de expressão ao falar, como expressões faciais para indicar tristeza, alegria, insatisfação, indignação, os gestos com o restante do corpo também serão importantes para o entendimento do que quer dizer á pessoa surda.

Acredito que seguindo estas instruções de poderemos ter uma comunicação de grande valia para ambas as pessoas envolvidas no diálogo.
“Surdes não é apenas ter “ouvidos doentes”, eles pertencem a uma comunidade surda, uma cultura, esta é mais forte que a linguagem gestual é o idioma principal.”
“Há um sentimento de orgulho entre os surdos, e eles gozam entre do estatuto minoria cultural e lingüístico.”
“O surdo tem seu modo de vida [...]”

Filme “O menino Selvagem”

Trago algumas reflexões sobre a proposta de trabalho de Jean Itard com o menino Victor, no decorrer do texto descrevo comparações da história de Victor " O Menino Selvagem", com a história dos surdos.

O filme “O Menino Selvagem” de Averyon, baseado em um acontecimento verídico, relata a história de um menino de onze ou doze anos de idade, que foi encontrado em uma floresta por caçadores, tendo este vivido fora da “civilização” afastado da sua espécie, o menino aprendeu a andar e a viver como os animais da floresta.
Quando foi encontrado, andava como um quadrúpede tinha hábitos anti-sociais, o corpo pouco flexíveis, não falava não se interessava por nada na vida em sociedade e seu rosto não demonstrava nenhum tipo de sensibilidade.
Ao ser retirado da floresta o menino passou a ter contato com crianças que se comunicam através de sinais, em uma escola para surdo-mudo, além de servir de alvo para pesquisas.
Relacionando a experiência do menino Victor com as demais crianças da escola, podemos a firmar que este teria grande dificuldade em se comunicar com os demais, pois vivenciou durante anos uma experiência não experimentada pelos demais, sendo que os meninos surdos já possuem toda uma história. Desde quando os surdos eram excluídos pela sociedade, por serem diferentes das demais pessoas, sendo narrados como deficientes coitadinhos sem capacidade,esta foi uma cultura que levou tempo para adquirir seu espaço.
O processo de interação da cultura surda passou por algumas testagens, até mesmo de que a língua de sinais, usada para comunicação entre os surdos seria uma forma de tornar os surdos preguiçosos e desestimulados a aprender a falar, no entanto, percebemos que é de grande importância para a comunicação.
Relacionando o filme novamente, Itard, pesquisador desafia o menino Victor, acreditando que este fosse capaz de aprender e interagir com o meio, utilizava de matérias de repetição no qual deveria incorporar segundo seus ensinamentos, muitas vezes Itard abusava do grau de desenvolvimento do menino, forçando-o a realizar várias vezes a mesma atividade, causando-lhe um tipo de ataque.
Sendo assim, tais movimentos adquiridos por Victor, Itard obteve através de atos meramente mecânicos, sem a menor compreensão ou valorização de suas vivencias, o sujeito no qual Itard queria educar, não passava de um sujeito passivo, que apenas recebia recomendações do que deveria ser feito, acredito que deve ser por este motivo que, várias vezes Victor apresentou vontade de voltar a floresta, ele não interagia com o meio em que estava sendo inserido, mas sim imposto o que deveria ser feito.
O pesquisador Itard, dava recompensa ao menino quando acertava as atividades, e quando não correspondia ao solicitado recebia castigos, no entanto, não deixava de acreditar que o mesmo havia competência o suficiente para aprender.
Há algum tempo que a comunidade surda vem adquirindo seu espaço, foram várias escolas fora do país até que se instalasse uma no Rio de Janeiro, dando aporte as pessoas com tais necessidades, passando a não serem mais consideradas pessoas idiotas.
A sociedade se organiza em grupo, e os grupos na sociedade, dentre estes há semelhanças e diferenças, ao mesmo tempo nosso posicionamento, é de suma importância que devemos entender respeitar e valorizar outros tipos de culturas, neste caso a “cultura surda”.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A importância do uso de temas geradores na prática pedagógica.

Para Freire, a valorização da cultura do aluno é a chave para o sucesso de conscientização e seria esta a essência do seu método de alfabetização, (formulado inicialmente para ensino de adultos).
O método possibilita a identificação e relacionamento das palavras chaves- as chamadas palavras geradoras – do vocabulário do aluno. Elas irão surgir através de uma investigação (turma), onde apareceram segundo suas experiências diárias, conseqüentemente palavras em comum, por serem moradores de uma mesma comunidade.
Após a exploração realizada com a turma, o professor irá apresentar visualmente o objeto seguido da “palavra”. O conjunto de palavras geradoras irá permear o estudo de diferentes possibilidades silábicas.
“Isso faz com que a pessoa incorpore as estruturas lingüísticas do idioma materno (Romão)”.
Freire acredita que é preciso o aluno aprender a ler a realidade para transformá-la, onde serão capazes de interagir na sociedade e serem sujeitos da sua própria historia.
Para Frei Betto, no texto de “Paulo Freire: a leitura do mundo” é possível a leitura e compreensão de um texto desde que este esteja transformado em temas geradoradores, onde possa fazer relações com a ação humana, podendo intervir, criando e transformando.
“Ivo viu que a fruta não resulta do trabalho humano.” A partir desta frase, Freire faz surgir uma ação, reforça todo o desenvolvimento em tempo real para demonstrar que pensar em alfabetização requer um ato de criação, capaz de desencadear outros atos criadores.
“Paulo Freire ensinou a Ivo que não existe ninguém mais culto do que o outro, existem culturas paralelas, distintas, que se complementam na vida social”, ou seja, o educador deve valorizar o contexto social no qual seu educando este inserido, a partir do conhecimento prévio do aluno, e após ser investigado pelo educador, provavelmente trará um trabalho rico a ser construído com trocas de aprendizagens e novas descobertas.

Currículo Integrado

Currículo Integrado
O fragmento de Hilton Japiassu aborda uma realidade cruel do sistema de ensino. É verdade que trabalhar de forma interdisciplinar causa medo, pois desacomoda, desafia, faz buscar outras formas de pensar e ver as coisas.
Muitas escolas ainda estão educando seus alunos de forma fragmentada, como se os saberes fossem separados em gavetinhas, abre uma e logo em seguida fecha-se para que outra gavetinha possa ser aberta para serem depositados novos conhecimentos. Isto é uma triste realidade, por que agindo assim, a escola esta tratando o aluno como um ser com compartimentos de saberes e não como um todo.
Realmente não é fácil fazer muito diferente disso porque a estrutura educacional, isto é, o sistema educacional todo deveria mudar. O professor não disponibiliza de tempo para encontrar-se com outros colegas para juntos desenvolver um projeto, por exemplo. Neste sentido, a escola esta reproduzindo o que a sociedade vinha exigindo das pessoas durante muito tempo, formação técnica para desenvolver uma única tarefa.
O texto de Santomé nos leva a algumas reflexões do modo de produção da Fordismo e Taylorismo.
O Fordismo,valoriza apenas a produção, não fazendo valer os interesses dos trabalhadores e as tarefas são distribuídas igualmente.
O Taylorismo, “acreditava que, oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade.”
As relações que o Taylorismo e o Fordismo conseguiram estabelecer um sistema de autoritarismo, com um único interesse de produção, privavam os trabalhadores de exercer sua autonomia até mesmo em relação ao seu ambiente de trabalho. Na década de 60 a escola era como as fábricas, preparava o aluno pra simplesmente produzir.
Na verdade, esses conceitos lembram os cursos técnicos e o antigo PPT, que alguns anos atrás existiam. Essa exigência do mercado de trabalho diminuiu, a escola conseqüentemente começou a tomar outros rumos.Agora já se começa a pensar na formação de alunos capazes de realizar diversas.
Muitos anos a escola vem tentando formar alunos críticos, competentes em diversas áreas e atividades, mas sabemos que na realidade ela não esta conseguindo, prova disso são os currículos ainda fragmentados, cada professor trabalha a sua disciplina cumpre sua carga horária.Como diz no texto de Santomé (1998) “Cada vez mais, as instituições escolares passam a ser vistas da mesma maneira que as empresas e mercados econômicos”. Sendo assim, a educação precisa estar em constante transformação, não pode ser considerada finalizada, é necessário que seja repensada e reconstruída a cada dia.
Referências:

SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23.

JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão
de Aprender.Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.

EJA

EJA

A EJA é uma categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional, com finalidades e funções especificas. (Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos). Como a própria sigla nos remete é a educação especifica para jovens e adultos.
Esta modalidade da educação básica, nas suas etapas fundamental e média, procura levar em consideração as diferenças individuais e a bagagem cultural de seus alunos, diferenciando-se do ensino regular em sua organização, pois, possui metodologias e ciclos de acordo com as necessidades de seus educandos.
Os jovens e adultos que freqüentam a EJA, geralmente, são pessoas que não tiveram acesso ao ensino fundamental e médio em idade escolar e que buscam melhorar suas condições de vida.
Segundo o Parecer CEB 11/2000 a EJA possui basicamente três funções:
- Reparadora;
-Equalizadora;

Em nosso entendimento a Função Reparadora, significa a entrada de jovens e adultos a uma escola de qualidade e também um reconhecimento do direito de igualdade entre os seres humanos.
Já a Função Equalizadora, segundo o Parecer CEB 11/2000 vai dar cobertura a trabalhadores e tantos outros segmentos sociais como donas de casa, migrantes aposentados e encarcerados. Visa dar oportunidades aos desfavorecidos, promovendo o acesso e permanência dos mesmos na escola.
E a Função Permanente considera o ser humano como algo inacabado, em constante desenvolvimento, na realidade é o próprio sentido da EJA.

Para a formação de docentes de qualquer nível ou modalidade deve-se considerar como meta o disposto no art. 22 da LDB, “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Além disto, é necessário que ele esteja disposto a levar em consideração aspectos como:
- A realidade social de seus alunos, assim como a bagagem cultural que já possuem;
- A comunicação através de linguagem clara e adequada ao seu “público”;
- O diagnóstico dos conhecimentos prévios de seus alunos, para que a partir deste ponto possa planejar suas aulas;
-O estimulo de exercícios de cidadania revitalizando a auto-estima de seus alunos.
Outro aspecto a ser considerado é que não se pode "infantilizar" a EJA no que se refere a métodos, conteúdos e processos. O art. 5º, no seu § 2º assinala:
Os conteúdos curriculares destinados (...) aos anos iniciais do ensino
fundamental serão tratados em níveis de abrangência e complexidade necessários à (re)significação de conhecimentos e valores, nas situações em que são (des)construídos/(re)construídos por crianças, jovens e adultos.

O professor de EJA deve estar atento ao fato de que tem alunos jovens e adultos, muitas vezes com a sua idade e que os mesmos merecem serem tratados de acordo com sua faixa etária.

Segundo o Art. 41 da LDB: “O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos”.
Sabe-se que grande porcentagem de jovens e adultos que procuram o EJA desejam melhorar seu desempenho pessoal e profissional.
A EJA possibilita ao educando sua qualificação profissional e a experiência profissional do aluno é valorizada na EJA como conhecimento prévio, permitindo estes obter o avanço escolar.

Considerando a realidade encontrada em nosso município percebemos que a maioria das pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar em idade considerada “normal” demonstram interesse em aperfeiçoar ou concluir seus estudos.
Essa busca esta relacionada não somente ao aperfeiçoamento profissional, mas também como uma realização pessoal, a conclusão de um sonho.



Referência bibliográfica

Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, disponível em http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/eja/Parecer%20CEB%2011.2000_Diretrizes%20Curriculares%20da%20Educacao%20de%20Jovens%20e%20Adultos.pdf



A atividade descrita a cima foi realizada com a colaboração das colegas, Cristiane Mengue e Liziani Evaldt.

Pedagogia de Comênio

O livro didático escrito por Comênio, no qual juntou gravuras, frases simples, sons e letras, imagino que era utilizado pelos professores como se fosse uma cartilha a ser seguida, usavam seguidamente como guia de alfabetização, este apresentava em uma única edição todos os recursos para que os alunos pudessem aprender a ler, escrever e conhecer o mundo a partir da visualização da mesma.
Acredito que, a mesma preocupação que Comênio revelou de investigar e descobrir um método no qual “os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais”, é visível esta preocupação entre os professores de hoje em dia também, a escola está em busca de metodologia para motivar os alunos o interesse em aprender, em ensinar o aluno do que parte do seu interesse, além de valorizar os conhecimentos e experiências dos alunos.
Outras relações que encontramos com a Pedagogia de Comênio com a prática atual são; quando oportunizamos nossos alunos que façam suas experiências conta própria e aprendam a partir das próprias observações e não através de repetições, quando atribuímos um relacionamento entre alunos e professores, onde o professor não é o único dono do saber, e contemplam bom relacionamento fundamentando a aprendizagem, um ensino igual para todos, e além de tudo usar de música e atividades lúdicas para que o ensino se torne mais prazeroso.

domingo, 7 de junho de 2009

`Psicilogia II

“Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos” (Fernando Becker) pude constatar três formas distintas de representar o conhecimento/aprendizagem na escola.

Em primeiro lugar cito a pedagogia diretiva, onde o professor fala e o aluno escuta, ele ensina e o aluno aprende, está que se assemelha com pedagogia tradicional.

O professor aprendeu a ser um transmissor de conhecimento, acredita que as informações vão aparecendo e sendo introduzidas nas crianças.
Acreditam também que o conhecimento sim, através do meio ambiente, família ou ainda pode se der conforme o individuo é estimulado, questionado.

Em termos de conhecimento estes professores acreditam que o aluno nasce sem sabedoria alguma, “... é uma folha em branco; é uma tabula rasa.”

Empirismo é o nome que se dá a este desenvolvimento do conhecimento, onde o professor tem o papel de transferir conhecimentos e o aluno é um mero receptor, que deve ficar em silêncio e acatar tudo o que ouve.

Quanto à relação de aprendizagem, podemos perceber que não há troca entre ambos, o professor é o único que ensina e o aluno o único que aprende.

Na pedagogia não-diretiva, o professor é um facilitador do aluno, ele irá auxiliar o individuo a organizar o seu saber. Nesta epistemologia o professor irá o mínimo possível e irá deixar o aluno decidir o que quer fazer (a priori).

Acredita no conhecimento hereditário (na bagagem do conhecimento já adquirido) a criança irá passar por fases de desenvolvimento, ou seja, estágios variáveis.

A relação do ensino é desautorizada, e o da aprendizagem é tornado absoluto, em outras palavras não há troca entre ensino/aprendizagem, ambos não se relacionam, pois a aprendizagem é auto-suficiente, e o ensino não pode ser interferido, não existindo troca não há crescimento.

Já na pedagogia relacional, o professor construtivista não acredita no ensino, no sentido convencional ou tradicional, mas acredita que tudo o que o aluno construiu até então serve como patamar para continuar a construir.

O professor construtivista acredita também que o aluno trás consigo uma herança biológica.

No entanto, não pode se exagerar neta bagagem hereditária nem na importância do meio social.

O professor acredita que o aluno é capaz de aprender sempre, e além de ensinar precisa aprender o que o aluno já sabe. (Piaget)

Para Freire “... o professor além de ensinar, passa a aprender, e o aluno, além de aprender, passa a ensinar. Ai sim pode perceber uma troca mutua de aprendizagens, onde há construção e descobertas, novas respostas.

“Uma proposta pedagógica relacional visa a sugar o mundo do educando para dentro do mundo conceitual do educador.”

Em relação aos modelos pedagógicos e as epistemologias apresentadas, acredito que a educação deve ser baseada na construção do saber do individuo, valorizando seu conhecimento prévio, buscando aperfeiçoar o individuo como um cidadão crítico e capaz de interagir no meio em que vive.


Trago minhas reflexões quanto ao ensino aprendizagem referentes propriamente a escola.

A escola passou de modelo tradicional, onde apenas o professor sabia, para uma escola construtivista, onde os professores valorizam seus alunos pela individualidade, considerando seus conhecimentos prévios.

Segundo Fernando Becker, “O professor construtivista não acredita em seu sentido convencional ou tradicional”. Sendo assim, não está estabelecido que o professor saiba tudo, também não quer dizer que o aluno tem a liberdade de aprender apenas o que deseja.

Psicologia II

Principais características de cada estágio do desenvolvimento da criança:


Piaget, quando postula sua teoria sobre o desenvolvimento da criança, descreve-a, basicamente, em 4 estados, que ele próprio chama de fases de transição (PIAGET, 1975). Essas 4 fases são :

Sensório-motor (0 – 2 anos);
Pré-operatório (2 – 7,8 anos);
Operatório-concreto (8 – 11 anos);
Operatório-formal (8 – 14 anos);

Sensório-motor
Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. Também é marcado pela construção prática das noções de objeto, espaço, causalidade e tempo. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação, configurando assim, uma inteligência essencialmente prática.
É assim que os esquemas vão "pouco a pouco”, diferenciando-se e integrando-se, no mesmo tempo em que o sujeito vai se separando dos objetos podendo, por isso mesmo, interagir com eles de forma mais complexa, diz-se que o contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento
.

Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.

Pré-operatório

É nesta fase que surge na criança, a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER, 1982), e esta substituição é possível, conforme PIAGET, graças à função simbólica. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica.
A atividade sensório-motor não está esquecida ou abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem, permitindo que a mesma explore melhor o ambiente, fazendo uso de mais e mais sofisticados movimentos e percepções intuitivas.

A criança deste estágio:
É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").
Já pode agir por simulação, "como se".
Possui percepção global sem discriminar detalhes.
Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.

Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.

Operatório-concreto

Neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade; sendo então capaz de incluir diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se limitar mais a uma representação imediata, depende do mundo concreto para abstrair.
Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da reversibilidade, ou seja, a capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada.

Exemplos:
Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.


Operatório-formal

É neste momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. A representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando mais à representação imediata e nem às relações previamente existentes. Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.

Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.
“Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” Paulo Freire

Sociologia e História

Como trabalhar questões étnicos raciais na escola?

Reflexão


Existem vários problemas presentes na sociedade, um deles sabe-se que é o preconceito racial, que se manifestam também dentro da escola assumindo formas próprias que comprometem a vida de toda comunidade escolar.

A escola e a sociedade estão intimamente relacionadas. O que ocorre fora da escola causa impacto nela e a maneira como estas questões são tratadas no seu interior pode influenciar o contexto social mais amplo. Na escola o racismo se manifesta através do comportamento discriminatório de alunos, professoras/es, pais e funcionários e através dos materiais pedagógicos, mais especificamente dos livros didáticos.


Como resultado temos, o baixo rendimento das crianças negras que por causa dessa discriminação se sentem inferiorizadas.

Levando em consideração estas questões devemos trabalhar freqüentemente estes aspectos em sala de aula, como os conceitos de discriminação e preconceito, no entanto é preciso associar estes a exemplos do dia a dia. Explorando acontecimentos vividos por eles ou histórias que os mesmos conhecem, enfatizado e tentando mostrar que a discriminação racial gera desigualdades, se demonstrarem conhecimentos sobre o mesmo assunto terão um posicionamento sobre o assunto.
É possível e importante trabalharmos sobre a discriminação racial, com atividades diversificadas, com livros de literatura infantil, projetos realizados com toda comunidade escolar, envolvendo pais e funcionários, através de ações e manifestações realizadas no cotidiano escolar. “a escola é um espaço privilegiado para debates sobre como se produzem essas identidades, as diferenças que se instauram a partir delas e as relações de poder que permeam este processo. O trabalho com a história permitiu a leitura de que nossas crianças possuem ‘preconceitos’ por estarem interagindo com todas essas esferas educativas e expostas aos discursos que diariamente as formam e ditam os parâmetros da normalidade, da beleza, do correto.” ( p.p.7,8)

A escola, portanto não é neutra, ela capaz de reproduzir discriminação racial de várias maneiras, no entanto é capaz também de contribuir para o esclarecimento das várias etnias. Sendo assim cabe a nós educadores nos posicionarmos e perceber quando nossa sala de aula de aula precisa ser contemplada com esses assuntos relacionados à sociedade, (desde a alfabetização), pois racismo e preconceito, não são fatos que se restringirão apenas no ambiente escolar, irá refletir no amplo contexto social.

Trabalhar com etnias e a disparidade que a compete é realmente um compromisso assumido por cada individuo pela luta da igualdade, pois, como diz Paulo Freire: “pensar certo é a rejeição mais decidida a qualquer forma de discriminação e isso só é possível quando não nos omitimos e fazemos da sala de aula um campo de pesquisa.”





Filosofia da Educação

Educação Após Auschiwitz


Com base na leitura do texto “Educação após Auschwitz” de Theodor Adorno, e diante da minha experiência docente e no cotidiano escolar, refletindo sobre a relação entre educação, civilização e barbárie, observei que estas estão relacionadas. Considero a barbárie um descaso com o próximo.

De acordo com o que acontecia em Auschwitz, os “nazistas demonstravam claramente à humanidade que é perfeitamente possível estimular a ciência e utilizá-la a serviço da destruição do próprio ser humano e pasmem: sem que os responsáveis pela produção do conhecimento e sua utilização tenham algum peso na consciência ou um sentimento de culpa quanto a isso.” Ou seja, pessoas com conhecimentos, formadas em várias áreas faziam uso de sua educação para a destruição dos seres humanos, “o que aconteceu em Auschwitz mudou as noções de barbárie que a humanidade conheceu ao longo da história e mostrou, objetivamente, do que o ser humano é capaz.”

Sabemos que a educação já foi assim, alvo de indicadores sociais, nas quais influenciavam os homens a servir a sociedade, sem direito de pensar ou refletir sobre seus atos, como nos mostra no parágrafo acima, cometiam barbáries sem sentimentos de culpa, eram manipulados.
No entanto, sabemos que o nosso principal objetivo como educadores é educar em primeiro lugar, para que cada indivíduo seja capaz de instituir suas próprias idéias, construindo e formulando novas concepções a partir de sua consciência, colaborando com a sociedade, bem como valorizando sua vida e desviando-se das barbarias. Seguindo um caminho digno, respeitando as diferenças raciais,sociais e todos os que o cercam, evitando se envolver em vandalismo. Sendo assim, a educação é conta a barbaria em todos os sentidos.
Adorno segue dizendo que a idéia de amenizar, evitar e quem sabe um dia acabar com a barbaria será através da educação, mas complemento suas palavras dizendo que, a partir do momento que o sujeito passar a se conhecer, se aceitar e amar a si próprio a civilização passará a ser mais solidaria não cometendo tantos delitos.


Se falo da educação após Auschwitz, tenho em mente dois aspectos: primeiro, a educação infantil, sobretudo na primeira infância; depois, o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural e social que não dê margem a uma repetição; um clima, portanto, em que os motivos que levaram ao horror se tornem conscientes, na medida do possível. (pág. 2)


Filosofia da Educação


Filme: “O Clube do Imperador”
Exercitando a argumantação:

Baseado no filme “O clube do Imperador” solicitado pela interdisciplina Filosofia da Educação, pude observar e refletir sobre determinadas cenas, onde o professor está diante de um conflito ético e moral.
Uma das cenas em que mostra o conflito moral é quando o professor, ao corrigir uma das provas, mais precisamente do aluno Sedgewic Bell, arrogante, filho de pai importante com grandes influências na política.
Pude perceber que ao avaliar o trabalho do aluno mencionado acima, o professor estava apreensivo com seus próprios pensamentos, acredito eu, que neste momento pensou em apenas satisfazer seu próprio ego, avaliando assim seu aluno conforme julgava ser um bom resultado, fazendo-se confirmar o que acreditava ser certo, ou seja, moldar seu aluno segundo seus parâmetros.
Para superar está futura frustração (de não conseguir moldar e Bell como os demais alunos), o professor opta em quebrar seus paradigmas e passa o aluno a frente aprovando-o para que ele se destaque entre os demais da turma, mostrando que é capaz.
Posteriormente, Bell viria a participar do concurso “Julio Cesar”, onde os três melhores alunos participam, sendo assim, surpreenderia a todos demonstrando através do jogo que foi capaz de mudar o caráter do menino.
Logo, o professor William Hundert conhecido por suas belas instruções em sala de aula depara-se com um conflito moral, ao realizar as perguntas percebe que Bell está “colando”, imediatamente Hundert reflete sobre sua inadvertência tomando consciência de que apenas estimulou o aluno a participar do concurso, mas não mudou seu caráter, não fez com que o mesmo compreendesse a importância do aprendizado.
Aos olhos dos espectadores Bell apenas não estava tão preparado para participar do concurso Julio Cesar quanto o seu colega, no entanto, o professor era o único que sabia que sua participação havia sido influenciada, ou seja, pré-aprovada. O professor sentiu que sua participação não era por seu próprio mérito, mas sim por um capricho de querer demonstrar que seria realmente capaz de modificar um aluno.
Apesar da influencia que o professor exerceu sobre a participação de Bell no concurso, a solução adotada por ele para reverter à situação foi justa com os demais participantes, o professor tratou de indagar algo fora do contexto trabalhado em sala de aula para seu colega, sabendo que o mesmo responderia sem maiores problemas, descartando Bell.
Nada mais justo que o mesmo caia fora, perdendo os louros da vitória, valorizando o conhecimento e esforço dos outros participantes.
A partir das situações ressaltadas, podemos observar alguns princípios morais envolvidos:
o Jamais faltar com a verdade;
o Não reverter situações a nosso favor:
o Acreditar na capacidade do aluno, respeitando seus princípios;
o Valorizar o aluno individualmente;
o Estimular a vontade de aprender;
Sendo assim, acredito que a decisão do professor foi moralmente correta, a final teve oportunidade de corrigir um deslize que não haveria de ter ocorrido apenas para surpreender outras pessoas, foi justo com os demais participantes na hora do jogo, pois percebeu que não havia mudado o caráter do aluno, mas sim induzido ele ao jogo para evitar seu fracasso profissional.

Filosofia da Educação

O dilema do antropólogo francês
Demonstro minha posição, reflexão e argumentação sobre o Antropólo Francês solicitado pela interdisciplina de Filosofia da Educação;
Claude Lee, antropólogo francês, acaba de chegar numa ilha de um arquipélago na Polinésia. Sua missão é pesquisar os hábitos dos nativos que lá habitam. Os costumes dos nativos são bastante diferentes dos costumes dos franceses, mas ele tem o cuidado de não julgar o modo como estes nativos vivem, porque tal avaliação sempre seria parcial. Como poderíamos abstrair sinceramente a concepção de mundo que herdamos da nossa cultura e avaliar imparcialmente todas as culturas?
O antropólogo tem ainda outro argumento: qual seria a medida pela qual julgaríamos as culturas? Existem quesitos transculturais que nos permitem avaliar toda e qualquer cultura? A reposta do antropólogo é não: toda avaliação está condicionada pela cultura do avaliador.
Assim, Claude decidiu jamais interferir no modo de vida dos habitantes do arquipélago. Estes, contudo, possuem uma crença que testa a determinação do antropólogo: os nativos acreditam que os mensageiros dos deuses são homens de pele branca, seres que expressam a vontade absoluta dos deuses – tudo o que disserem deverá ser obedecido. O teste ocorre na pergunta que eles lhe fazem: “você tem a pele branca, então você é um mensageiros dos deuses, ou as nossas crenças estão erradas?”
O antropólogo, fiel aos seus princípios, mente: “sim, eu sou o mensageiro dos deuses”. Mas então surge uma pergunta ainda mais difícil: “todos os homens brancos são mensageiros dos deuses, ou as nossas crenças estão erradas?”
Claude reflete: se responder positivamente estará deixando os nativos vulneráveis aos seus conterrâneos inescrupulosos que fatalmente descobrirão a ilha. Mesmo assim, responde de acordo com a cultura dos nativos: “sim, todos os homens brancos são mensageiros dos deuses”.

Projeto de Aprendizagem

Construindo o Projeto de Aprendizagem

Quando começamos a construirmos o PA, eu ,assim como os demais colegas do grupo precisamos de muito trabalho para entender o objetivo do seguinte trabalho solicitado, ou seja, como proceder a realização de um PA. Sendo que tínhamos uma forte ligação a pesquisas realizadas anteriormente, fazendo-as por copias de autores, respondendo conseqüentemente algo que já havia respostas, que já fora encontrado, respondido e publicado por alguém.
Tivemos uma caminhada acirrada até nos identificarmos com verdadeiro objetivo, pesquisar e formar informações sabre algo, sendo que fossemos as principais autoras. Não terminamos nosso PA no semestre passado, mas ao formulamos tivemos uma caminhada a qual nos fez aprender muito.
Analisar um PA de outro grupo nos faz refletir sobre o nosso próprio trabalho, desde o conteúdo pesquisado até sua apresentação, ou seja, é uma auto reflexão a partir da analise.
Receber comentários nos faz crescer pessoalmente e moralmente.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Seminário Integrador

Analise do grupo Ciclone

Projeto de Aprendizagem ( PAs) : Ciclone
Realizado pelas colegas: Cleide Cardoso, Josiana Moraes, Letícia Bock, Luciane Bittencourt, Mônica Santos, Patrícia Lippert e Rita Raupp, pude perceber a partir da analise o crescimento do projeto na medida em que as colegas foram se apropriando do assunto pesquisado, onde as mesmas são dependentes de criação e de busca.
Iniciaram o projeto com pergunta central de modo amplo, a questão seria sobre ciclone no Brasil, após se reunirem e reformularem o mapa conceitual perceberam a necessidade de se restringirem á algo mais concreto, visível.
Focalizaram então sua pesquisa na localidade e nas cidades vizinhas (que á algum tempo foram atingidas por estes fenômenos.)
As certas provisórias e dúvidas temporárias e o mapa conceitual foram aperfeiçoados no decorrer do projeto, sendo que ambos tiveram três postagens.
Tendo definido a pergunta central com o auxilio da construção do mapa conceitual e o aperfeiçoamento das dúvidas e certezas, o grupo partiu para uma pesquisa elaborada para analisar os conhecimentos prévios das pessoas segundo suas experiências de vida.
A forma apresentada pela busca da pesquisa demonstra a anulação dos padrões de projeto aplicados nas escolas regulares.
Sendo assim, o projeto desenvolvido apresenta evolução e crescimento, envolvendo os membros do grupo na pesquisa realizada com os populares.
Há coerência entre a pergunta central (esta que foi aperfeiçoada) com as certezas e as dúvidas.
O desenvolvimento do projeto fundamenta-se na pesquisa, na pesquisa em livros e sites, criaram um blog e um Pbwiki para apresentação do PA.
Os relatos e descrições que se referem à pesquisa demonstram aprendizagem ao tema abordado, bem como a construção de um novo mapa conceitual.
Os textos apresentados, assim como os passos dados pelo grupo são bem organizados, sendo que a cada postagem foi criado um novo link nomeando o assunto, ou seja, tudo em seu devido lugar. Disponibilizaram em sua página de apresentação os links criados pelo grupo, e as postagens individuais que evidenciam a participação e a construção de cada indivíduo na busca pela pesquisa.
Nova versão, postada apartir dos comentários da tutora Roberta .

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Psicologia II

Principais características de cada estágio.
Piaget, quando postula sua teoria sobre o desenvolvimento da criança, descreve-a, basicamente, em 4 estados, que ele próprio chama de fases de transição (PIAGET, 1975). Essas 4 fases são :
Sensório-motor (0 – 2 anos);
Pré-operatório (2 – 7,8 anos);
Operatório-concreto (8 – 11 anos);
Operatório-formal (8 – 14 anos);
Sensório-motor
Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. Também é marcado pela construção prática das noções de objeto, espaço, causalidade e tempo. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação, configurando assim, uma inteligência essencialmente prática.
É assim que os esquemas vão "pouco a pouco”, diferenciando-se e integrando-se, no mesmo tempo em que o sujeito vai se separando dos objetos podendo, por isso mesmo, interagir com eles de forma mais complexa, diz-se que o contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.
Pré-operatório
É nesta fase que surge na criança, a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER, 1982), e esta substituição é possível, conforme PIAGET, graças à função simbólica. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica.
A atividade sensório-motor não está esquecida ou abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem, permitindo que a mesma explore melhor o ambiente, fazendo uso de mais e mais sofisticados movimentos e percepções intuitivas.
A criança deste estágio:
É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").
Já pode agir por simulação, "como se".
Possui percepção global sem discriminar detalhes.
Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
Operatório-concreto
Neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade; sendo então capaz de incluir diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se limitar mais a uma representação imediata, depende do mundo concreto para abstrair.
Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da reversibilidade, ou seja, a capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada.
Exemplos:
Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.
Operatório-formal
É neste momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. A representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando mais à representação imediata e nem às relações previamente existentes. Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.

domingo, 19 de abril de 2009

Desenvolvimento e aprendizagem sob enfoque da psicologia II

Pedagogia Relacional

O professor construtivista acredita também que o aluno trás consigo uma herança biológica.
No entanto, não pode se exagerar nesta bagagem hereditária nem na importância do meio social.
O professor acredita que o aluno é capaz de aprender sempre, e além de ensinar precisa aprender o que o aluno já sabe. (Piaget)
Para Freire “... o professor além de ensinar, passa a aprender, e o aluno, além de aprender, passa a ensinar. Ai sim pode perceber uma troca mutua de aprendizagens, onde há construção e descobertas, novas respostas.
“Uma proposta pedagógica relacional visa a sugar o mundo do educando para dentro do mundo conceitual do educador.”
Em relação aos modelos pedagógicos e as epistemologias apresentadas, acredito que a educação deve ser baseada na construção do saber do individuo, valorizando seu conhecimento prévio, buscando aperfeiçoar o individuo como um cidadão crítico e capaz de interagir no meio em que vive.


“Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” Paulo Freire

Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais.

Relato de uma experiência ...

Deficiência X Ensino

Em 2004,estagiei com uma turma, de 2ª série, em uma escola Municipal de Três Cachoeiras.
Na turma havia um aluno com deficiência auditiva, ( foi meu 1° ano na escola), os demais professores da escola já participavam desse assunto, e já haviam tentado solucionar este ‘’caso’’ sendo que a escola não tinha suporte suficiente para educar adequadamente este aluno. Me sentia insuficiente para lecionar em uma turma com um aluno com esta deficiência, e não saber como ajudá-lo.
Os dias foram se passando e aquilo me incomodava muito pois eu tinha consciência de que ele não estava compreendendo, não correspondia nada do que era solicitado, nem na ordem dos exercícios escritos, nem mesmo o que era citado oralmente.
Levei o caso novamente para direção da escola, porém muito pouco tínhamos a fazer, pois a coordenação já havia chamado os pais do aluno, mas os mesmos não aceitavam que o filho deveria freqüentar outra escola para atendimento especial, negando qualquer tipo de deficiência.
Então, depois de várias tentativas e não obter resultados continuei tentando transmitir o conhecimento ao aluno, mas de modo especializado( como posso considerar), conversava pausadamente, me direcionando a ele para que pudesse ver meus lábios, usava de gesticulações e tentava várias formas para que ele me entendesse, muitas vezes o aluno acabava se irritando com a minha insistência e eu percebia que ele estava presente, no entanto não estava na mesma linha de raciocínio dos demais.
Minha contribuição na vida deste aluno foi com a maior das intenções.
Depois de alguns anos, encontrei o mesmo aluno, conversando e escutando através de um aparelho auditivo.
Acredito que a deficiência dele não era tão avançada, pois foi resolvido em pouco tempo, e hoje ele teria até condições de acompanhar uma turma normal.
Conversei com ele numa boa, ele até me ofereceu um livro com a língua de sinais, me dizendo que "era bem bom para conversar com quem não escutava". Fico muito feliz em saber que alguém preparado pode ajudar este aluno que realmente precisava de um ensino especializado, utilizando-se de métodos e materiais especificos prasua aprendizagem.

domingo, 29 de março de 2009

Sociologia e História

O que vemos é o que se parece...
As características que nos formam a respeito das pessoas , assim como os aspectos físicos e de gênero , são as conclusões que tiramos ou não ao convivermos com as demais pessoas.
Geralmente o que não corremos muito risco em errar são as características físicas, pois é uma conclusão externa que nos possibilita facilmente de ser observada. Pode haver semelhanças com os familiares mais próximos ou ainda a coincidência de se parecer com algum estranho.
Já os aspectos do gênero da pessoa são características que podem ser constatadas de acordo com o grau de vivencia entre as mesmas.
E as características étnicas, só poderão vir a serem faladas se a pessoa tiver traças fortes de uma descendência, ou então contar suas origens, como exemplo a atividade realizada na aula presencial de 5 ª feira.( alguns alunos apresentaram seus traços do rosto, falando de seus descendentes e suas semelhanças)

Atividade de Sociologia e História

Esta atividade tem como objetivo demonstrar meu físico e gênero, como eu me vejo e como os outros me veêm...

DESCRIÇÃO:

Sou uma mulher de rosto pequeno e delicado, de pele morena fácil de bronzear, dentes brancos, lábios finos.
Olhos verdes, sobrancelhas longas e escuras.
Bochechas fofas e queixo fino têm uma pintinha no queixo que me identifica, e mais duas no pescoço.
Minhas orelhas são de tamanho normal de acordo com o meu rosto, meu nariz é gordinho o que não me faz muito a cabeça.
Tenho três marquinhas na pele, são vestígios da catapora, além de algumas sardas que surgiram com o tempo causado pelo sol.
Meus cabelos são longos, castanhos escuros realçados com mechas loiras claro.
De estatura média baixa, e 50 kg todos me acham muito pequena e frágil, mas muito pelo contrário não meço esforços para buscar o que almejo.
Sou uma pessoa determinada, persistente, comunicativa, amorosa, sensível, às vezes insegura,
preocupada, perfeccionista e um pouco ciumenta, cuido de tudo que me pertence, seja qual for o valor.
Alegre e brincalhona gosto de conviver com pessoas alto astrais e sinceras.
Tenho boas recordações do meu tempo de criança, guardo vivo na lembrança as amizades e as brincadeiras, as comidas que gostava os professores que deixaram saudades.
Admiro os mais velhos que guardam estórias e aprendizagens.
As pessoas que comigo convivem, me descrevem como uma “menina” delicada, extrovertida, falante, brincalhona.
Realmente transpareço o que sou, falo tudo o que penso e penso em tudo o que eu falo!